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Mostrando postagens de setembro 1, 2009

Há algo absoluto debaixo do absurdo Sol?

Se há algo absoluto, sempre presente em tudo, este absoluto é a confusão, a aleatoriedade, a incontrolável transformação. O mundo humano, cheio de sentidos, é, claramente, um absurdo, mas que nos permite operar: é pelo absurdo que vivemos; é impondo nossa própria visão de ordem para poder viver o caos. Mas o caos é o caos.  Nós criamos nossas formas de perceber o mundo e, assim, aquilo que podemos ser a partir de nossas percepções. Criamos sentimentos, valores, conhecimentos, que nos fazem ser o que somos. Nós é que nos criamos. Eis um criacionismo válido. Nossas verdades são verdades por partirem do mesmo ser que as coloca em julgamento. Até o próprio “eu” é uma criação da mente, e pode ser profundamente transformado várias vezes durante a vida. O “eu” também não existe de fato. Quem sou eu? Posso ser vários. Posso ser um? Posso ser um de cada vez? Posso ser muitos sempre? Chamam de Deus uma extensão, em escala universal, de nosso absurdo pessoal.