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Mostrando postagens de abril 9, 2011

Uma manhã de bilhões

Em meu agir, uma tentativa de sedução ao primata que vive em cada um de nós. Não abandonei o mundo. Jamais o amei tanto. Abandonei cosmologias de salvações exteriores. É preciso saber viver outras espacialidades, ainda que não vivendo em outro lugar, e saber viver outras temporalidades, ainda que não vivendo em outro tempo. Minha religião inexiste. Sou possuído por ela em gratidão. Embriaguez orgânica e consciente do aqui estar. Pela manhã, cumprimento meus ancestrais em seus quase quatro bilhões de anos e sou respondido.  Mais espectral me é a vida a cada dia.