Uma manhã de bilhões

Em meu agir, uma tentativa de sedução ao primata que vive em cada um de nós.

Não abandonei o mundo. Jamais o amei tanto. Abandonei cosmologias de salvações exteriores.

É preciso saber viver outras espacialidades, ainda que não vivendo em outro lugar, e saber viver outras temporalidades, ainda que não vivendo em outro tempo.

Minha religião inexiste. Sou possuído por ela em gratidão.

Embriaguez orgânica e consciente do aqui estar.

Pela manhã, cumprimento meus ancestrais em seus quase quatro bilhões de anos e sou respondido. 

Mais espectral me é a vida a cada dia.


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