Educação para o complexo relativo

Nossa educação dominante tenta encaixar o mundo real em conceitos absolutizados e impostos. Trata-se de trazer o mundo concreto para nosso mundo mental pré-estabelecido, mais do que aprender a estabelecer e criar leituras de mundo. Separamos sujeito e objeto. Separamos corpo e mente. Separamos corpo e mundo. Separamos razão e emoção.

Para que a educação ache um caminho mais consciente e processual, ela deve ser para-o-mundo, mas, para isso, deve-se fortificar a compreensão sobre o mundo, o aperfeiçoamento de modos de pensar, de interagir, de se relacionar. Deve-se fortificar a razão, inclusive para haver um saudável uso das emoções e deve-se fortificar as emoções, para um uso saudável da razão.. 

Se novas necessidades surgirem, novos conhecimentos surgirão. Conhecimentos mais ligados aos processos concretos, à convivência concreta, à nossa própria espacialidade e temporalidade, processualidade e interatividade, possibilitando que criemos concretamente e conscientemente um mundo coletivo mais digno. Se as “áreas do conhecimento” puderem vir a servir para tal, mudem-se e permaneçam na nova educação. Se não servirem em um contexto não alienante e opressor, adeus. 


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