Dilma Rousseff e a nacionalidade burguesa (crônica)



Hoje no ônibus, logo cedo, obrigado a largar meu fone de ouvido, dado que o horário eleitoral havia invadido o rádio, ganhei a chance de ouvir um belo diálogo entre dois trabalhadores da madrugada voltando pra casa:

- Tanto faz quem ganhar. Ninguém vai dar nada pra gente mesmo.

- É. Tudo vai roubar.

- É... Diz que essa Dilma aí é ladra. Roubou banco, formação de quadrilha.

- É. Ouvi isso aí... Diz que é, né?

- É... Diz que o ex-marido dela roubou banco e ninguém sabe onde está a grana até hoje. Acha que ela não é cúmplice?

- É... E esse ex-marido aí quem que é? Não conhecia.

- São separados. Ele mora em Porto Alegre. É estrangeiro.

- Parece que ela também.

- Acho que nasceu aqui. Os pais são.

- De onde mesmo?

- Parece que ela é burguês.

- Ah é. Da Bulgária, né?

- Diz que é...


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