Sobre meios e fins: meandros e margens


Meios: manifestações de meandros.
Fins: manifestações de margens.

Quando meandros se tornam fins, podem:

a)    Se empoderar ao ponto de transcender margens válidas, abrindo-se a comporta do descalabro ético;

b)    Margear a mente humana, represando-a. Neste caso, a consciência reduz-se à navegação compulsiva por meandros. Um exemplo: quando a linguagem eclipsa o mundo.

Quando margens se tornam meios, bloqueando meandros válidos, opera-se uma função de redução, e rios tornam-se poças. Trata-se de prática comum nas operações das ideologias, das tradições e da busca hedonista.


Revisão de ensaio de 2020

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